Sobre o culto Omoloko

Omoloko: A Força Ancestral que Resiste e Celebra a Vida

Mesmo com uma literatura ainda breve e muitas vezes incompleta, o Omoloko — os filhos das gameleiras, os filhos de Iroko — carrega em sua essência a memória viva dos fundamentos de suas práticas ancestrais. Seja no culto aos Orixás, aos Inkices, ou na reverência aos Pretos Velhos e Caboclos, o Omoloko mantém acesa a chama da tradição. Ao lembrar dessas práticas, estamos, na verdade, reavivando as raízes de um povo que, desde tempos remotos, se reunia embaixo de grandes árvores, como no território de Cambinda, antigo Congo, e que ainda hoje, em diversos terreiros do Brasil, perpetua a sabedoria e os ensinamentos dos nossos antepassados.

É essencial destacar a importância de Tata Tancredo da Silva Pinto (In Memória), cuja herança espiritual e liderança continuam a alimentar a esperança e a força de nossa luta. O Omoloko, em sua essência, é uma manifestação da resistência e da celebração contínua de nossa identidade. Em especial, é fundamental trazer à tona a figura dos Lundas-Quiôco, uma nação pequenina às margens do Rio Zambeze, cujos ensinamentos sobre Zambi, o "deus" ancestral, refletem a profundidade espiritual e a conexão com a natureza, fonte de toda a vida.

Mesmo com a incógnita sobre a origem do povo Omoloko, que foi brutalmente arrancado de suas terras, escravizado e assassinado pelo chicote e pela chibata, nossa ancestralidade se ergue com força para honrar aqueles que foram derrubados, mas jamais esquecidos. Através dos bailados, das danças e das celebrações, reverenciamos o legado de nossos antepassados. O Omoloko é, acima de tudo, a resistência viva, a memória de um povo que, apesar das adversidades, segue dançando com a natureza e celebrando a vida.

Isso somos nós. A força, a ancestralidade, a luta e a fé que nunca se apagam.

Localização Omoloko

Estamos localizados em um espaço dedicado ao culto Omoloko, sob a orientação do tata Darlan Dy Oxossi.

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